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A sexualidade na terceira idade deve ser abordada de forma natural, sendo necessário perder a inibição e o preconceito ao abordar o tema. As pessoas estão buscando maior qualidade de vida, além de muitos estudos voltados para o bem-estar das pessoas, a expectativa de vida tem aumentado ano após ano. Recentemente, uma pesquisa revelou que o brasileiro vive em média 75,5 anos, um patamar jamais imaginado há um século atrás, quando a expectativa de vida era de apenas 33 anos. Muito se fala da questão de uma falsa assexualidade da pessoa idosa, como se sexualidade fosse exclusivamente para pessoas jovens. Por isso, é essencial entender as mudanças no corpo e tomar os devidos cuidados com a saúde sexual nessa fase da vida. Idosos podem e devem ter uma vida sexual ativa e não há por que sentirem vergonha ou acharem que a prática é ousada demais para a idade. São inúmeros os benefícios tanto para o corpo quanto para a mente, proporcionando maior qualidade de vida e equilíbrio do sistema neuroendócrino. Diante de algumas mudanças ao longo da vida, como limitações físicas, disposição e habilidades para algumas atividades, a sexualidade do idoso também pode ter atenção e dedicação para que haja harmonia em todos aspectos da saúde do indivíduo. Nesta fase da vida, sabemos que a libido pode ser comprometida, que hormônios mudam bastante, fazendo com que estímulos que antes despertavam o desejo sexual, não façam mais o mesmo efeito. Nos homens, reduz a produção de espermatozoides e testosterona após os 40 anos. Nas mulheres, existe a redução de hormônios durante a menopausa. Incentivados ou não por ajudas medicinais, como no caso do viagra para os homens e reposição hormonal para as mulheres, o certo é que nunca é tarde para manutenção de uma vida sexualmente ativa. A terceira idade é um momento de descobertas e de ajustes. As carências serão outras, assim como as fortalezas e as crenças. Não é possível entrar nessa fase querendo reproduzir os modelos e as sensações dos períodos anteriores. O prazer da relação sexual pode ser encontrado em atitudes simples, a sexualidade não se restringe ao ato sexual em si, mas também compreende o tom de voz, beijo, toque, cheiro, entre outras coisas, permitindo-se explorar e sentir esses pequenos prazeres o ato conjugal será uma consequência natural, sem grandes cobranças ou expectativas. A compreensão e experiencia conquistados ao longo da vida, farão com que físico e vitalidade menos evidentes não sejam empecilhos para o momento íntimo.

DST na terceira idade

O desconhecimento dos indivíduos da terceira idade, que não viveram na época em que a preservativo era necessária, e o tabu sobre a sexualidade dos mais velhos, gera uma certa dificuldade dos profissionais de saúde para abordarem o tema gerando uma vulnerabilidade no que tange à gestão da vida sexual dos idosos. De acordo com dados do Boletim Epidemiológico HIV/Aids de 2018, do Ministério da Saúde, o número de casos de HIV entre pessoas acima dos 60 anos aumentou 81% entre 2006 e 2017, sendo que as taxas aumentaram tanto para homens quanto para mulheres. Alguns cuidados são muito válidos para que o idoso evite problemas e possa usufruir da melhor forma todos os benefícios que a maturidade oferece. Por isso, a prática regular de exercícios físicos, cultivar hábitos saudáveis como boa alimentação e investir na construção de uma vida sexual plena é o melhor caminho a seguir, juntamente com outros aspectos como diálogo, carinho, compreensão que são ingredientes que podem acender a chama do desejo tanto para os mais velhos, quanto para os mais jovens. Invista nisso!

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